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O desafio de treinar as gerações Y e Z


Para engajar esse novo tipo de profissional empresas recorrem cada vez mais aos estúdios de conteúdos, com aprendizado diversificado e customizado

Você já ouviu falar de Free Way Learning ou gamificação? São soluções de treinamento on-line que surgiram nos últimos anos para responder a uma questão que desafia os departamentos de gestão de pessoas em todas as empresas: como capacitar e engajar os profissionais da geração Y e Z, que estão se tornando maioria no ambiente de trabalho? A resposta a isso são os estúdios de conteúdos, unidades capazes de encontrar a solução ideal e customizada em termos de aprendizado, e que estão revolucionando o e-learning.

“A forma como a geração Y – hoje maioria nas empresas – e a Z aprendem é totalmente diferente da geração X. Eles querem algo interativo, engajador, intuitivo e menos maçante”, diz Michel Musulin Soeltl, Diretor Geral da MicroPower, empresa pioneira na criação de estúdio de conteúdos para e-learning no Brasil.

Desde 2013, o estúdio de conteúdos da MicroPower já realizou mais de mil projetos encomendados por cerca de 150 clientes. Para essa unidade de negócios trabalham diretamente mais de 20 profissionais, entre designers instrucionais, de interfaces e de interação, ilustradores, animadores, programadores e gestores de qualidade, além de parceiros indiretos, como equipes de filmagem, atores e locutores. Tudo para atender às necessidades dos clientes e encontrar a melhor solução em treinamento, desde as tradicionais e bem conhecidas vídeo-aulas até plataformas de Free Way Learning, nas quais o aluno escolhe o caminho que prefere seguir no seu aprendizado.

Free Way Learning

Solução exclusiva da MicroPower, o Free Way Learning foi lançado em agosto do ano passado e representa uma grande inovação em relação ao e-learning tradicional, no qual o aluno só avança uma etapa depois de ter passado pela anterior. Baseado na experiência de navegação e pesquisa na Internet e em formato responsivo – roda tanto em PC, como em tablet e smartphone – o Free Way utiliza uma estrutura de mapa, como a arquitetura de um site, com seus links e hiperlinks e funcionalidades que aproximam a aula da experiência nas redes sociais.

É o caso, por exemplo, das notificações, que aparecem para o aluno sempre que o treinamento sofre uma atualização, evitando que ele precise repassar todo o conteúdo novamente. Além disso, é possível fazer buscas por palavra-chave e marcar conteúdos favoritos para que o aluno vá direto ao que considere importante sempre que quiser, sem precisar percorrer o curso inteiro.

Rosana Camara, coordenadora de soluções educacionais da MicroPower, explica que o Free Way respeita mais a forma de aprendizado de um adulto, motivado pela necessidade, pela prática, pela vantagem percebida e pela autonomia – ou seja, o aluno planeja e estrutura o estudo da forma mais adequada para ele. Os cursos tradicionais para adultos, além de não oferecer autonomia, muitas vezes não se baseiam na necessidade do aluno, mas sim da organização. “Muitas empresas precisam de determinada certificação e acabam obrigando o colaborador a perder horas e até dias inteiros para ver algo que ele já sabe. Já no Free Way, todos os conteúdos estão na plataforma, não há uma ordem a ser seguida e não é necessário passar por todos eles. O aluno vai escolher o que vai estudar e, a qualquer momento, pode ir direto para a avaliação”, diz Rosana.

Game quiz na Embraer

Outra tendência cada vez mais usada é a utilização do ambiente de jogos no aprendizado, o que leva a dois tipos de soluções: o gamification, quando a plataforma de treinamento adquire contornos de uma competição, dando pontos, premiações, reconhecimento e ranqueando os treinandos, e os jogos instrucionais. Nessa última opção, o aluno não compete com ninguém, mas participa de um aprendizado específico como se estivesse em um videogame.

Esse foi o caminho seguido pela Embraer, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo e que, com uma atividade extremamente regulada por diversos organismos de certificação, como Anac, FAA, SAA e JAA, precisa manter as equipes de montagem final atualizadas sobre as constantes mudanças em processos em diversos sistemas – hidráulico, elétrico e de combustível. Além do primeiro treinamento presencial obrigatório, cada reciclagem exigia um novo treinamento presencial, que praticamente repetia o primeiro, com pequenas alterações.

Um dos maiores problemas era o desperdício de tempo dos montadores que, a cada novidade nas diversas certificações, eram enviados para cursos presenciais que tomavam mais de um dia de trabalho. “O montador acabava perdendo de dois a três dias, até por causa da logística, já que o curso é em outro lugar”, conta Leandro Elias, gerente de produção da Embraer, lembrando que essa era a realidade dos cerca de mil montadores da diretoria de Montagem. Era, portanto, urgente encontrar uma forma rápida e prática para reciclar conhecimentos.

Em 2015, a Embraer resolveu mudar tudo e encomendou à MicroPower uma solução de certificação para reciclagem em ambiente on-line. Como resultado desse trabalho, foram criados nove game quiz de 30 minutos – um para cada sistema principal da aeronave – realizados em salas e computadores apropriados. Cada game contém 15 perguntas extraídas aleatoriamente de um banco com dezenas questões, inclusive com filmagens de cases reais: “Gravamos vídeos com algumas montagens corretas e outras propositalmente incorretas e, depois de assistir, o montador aponta qual a certa. Se tiver uma pontuação adequada, ele passa e é certificado. Do contrário, é obrigado a fazer uma aula de reciclagem presencial, mais abrangente e profunda”, explica Renato Alessandri, coordenador de Tecnologia da Educação da Embraer , acrescentando que, agora, além de não precisar mais sair de suas atividades e “perder todo aquele tempo para ir para a aula presencial, o montador consegue aproveitar essa dinâmica mais divertida e agradável, sem perder o conteúdo”.

Foi a primeira vez que a Embraer usou games na produção. Os cursos ficaram prontos no ano passado, já foram testados e aprovados, mas só serão aplicados quando a primeira turma, treinada presencialmente este ano, fizer sua reciclagem de dois anos.

Simulador de recrutamento da Disal

Se muitas vezes é difícil engajar as próprias equipes, imagine fazer isso com a dos outros. Esse é o desafio da Disal, maior administradora independente no segmento de consórcio de carros leves do País, com mais de 500 pontos de vendas em todo o Brasil.

Pelas próprias características do segmento, a operação de consórcio acaba por ter alto turnover. “Muitos vendedores ficam pouco tempo neste cargo, porque percebem, depois de já recrutados, que não possuem o perfil adequado”, revela Karina Ramalho, coordenadora de treinamento da Academia de Vendas Disal. Ela explica que o grande desafio é fazer com que as concessionárias recrutarem profissionais com o perfil apropriado para a área comercial/consórcio, pois a chance de mantê-los é maior.

Assim, no ano passado, a Academia de Vendas encarregou a MicroPower de desenhar um curso de recrutamento e seleção baseado em um treinamento presencial existente. Em seu estúdio de conteúdo, a MicroPower desenvolveu um simulador pelo qual já passaram, desde dezembro do ano passado, quase 90% dos líderes responsáveis pelo processo de recrutamento das concessionárias parceiras.

Depois de uma introdução conceitual, o programa simula um recrutamento desde a estratégia de divulgação da vaga. Em seguida, com base em competências mapeadas pela própria Disal, direcionadas para a área comercial, oferece cinco candidatos virtuais com perfis totalmente diferentes. O programa simula as etapas e a dinâmica de um processo de seleção, inclusive com perguntas em entrevistas, para que o recrutador escolha um vendedor para a vaga.

Apesar de salientar que outras medidas e treinamentos foram implementados, Karina afirma que as concessionárias que realizaram o simulador confirmaram ter maior esclarecimento e facilidade no processo de recrutamento e seleção baseado em competências. “Não existe o certo ou o errado. Existe o candidato mais adequado para o perfil desejado de cada concessionária”, explica.

Fábrica de conteúdos da Claro

Um estúdio de conteúdos tem várias soluções para o aprendizado de uma empresa, desde os tradicionais cursos de catálogo, que já estão prontos para serem aplicados, e o rapid learning – cursos facilmente adaptados de apresentações enviadas pelo cliente – a tutoriais de sistemas, treinamentos sob medida, videoaulas e gamificação. É uma verdadeira fábrica de conteúdos, capaz de produzir qualquer solução desejada pelo cliente.

E foi justamente uma fábrica de conteúdos que a Claro, player de um dos mercados mais dinâmicos e competitivos da atualidade, pediu à MicroPower. Inserida em um setor que lança novos produtos e serviços o tempo todo, a empresa precisa manter sua força de vendas constantemente atualizada e capacitada para utilizar todos os sistemas dos seus canais de vendas. Atualmente são cerca de 20 mil vendedores e backoffices em todo o Brasil divididos entre os canais: lojas próprias, agentes autorizados, PME, televendas, varejo e recarga.

“Sem a disponibilidade de um ambiente de homologação, a força de vendas era capacitada em sistemas de vendas da Claro por meio de prints de tela em Power Point. Por isso, no ano passado, pedimos uma solução para que os treinamentos fossem mais interativos e eficazes”, conta Michael Feitosa, coordenador de treinamento da Claro e responsável pelos materiais de aprendizado da área comercial. Segundo ele, além dos cursos on-line, a MicroPower também está formatando as aulas presenciais e elaborando os manuais impressos de treinamento para todos os sistemas: “A saída foi trabalhar com uma fábrica para ter os recursos do estúdio de conteúdos da MicroPower dedicados à construção dos materiais”.

Com base nas próprias telas capturadas, o estúdio de conteúdos desenvolveu o curso on-line simulando a navegação no sistema, com telas onde o aluno precisa preencher os formulários como se estivesse fazendo uma venda real no sistema. “Para nós isso foi uma novidade. No início tivemos resistência com esse processo, pois os canais de vendas conheciam apenas os prints de tela e não acreditavam que o treinamento online pudesse funcionar para a capacitação em sistemas. Mas, quando apresentamos o primeiro módulo, eles adoraram e perceberam que o treinamento ficaria mais atraente e mais eficiente”, diz Michael.

Há algumas semanas, a Claro começou a treinar suas primeiras turmas no novo formato. O sistema pioneiro foi o Claro Plataforma Corporativa (CPC), um sistema bastante complexo e robusto, no qual o canal PME insere os seus pedidos de venda para pequenas e médias empresas. Para se ter uma ideia, foram capturadas quase 4 mil telas e o resultado final foi um treinamento dividido em 17 módulos. As primeiras impressões foram as melhores, como afirma Michael: “Com o print de tela em ppt, a única interação do aluno era clicar no botão avançar. Agora não. Ele interage com o treinamento e, se não completar as informações de maneira correta, não avança. A retenção do conhecimento por parte do aluno é muito maior, porque ele realmente está praticando”.

De acordo com Michael, além de desenvolver os treinamentos sobre os sistemas, o grande desafio é conseguir manter tudo atualizado. Uma das vantagens de produzir os cursos em módulos, é que, no caso de atualizações, o aluno que já concluiu o curso faça apenas os módulos com novidades.

Os cases acima mostram a inúmeras possibilidades e vantagens de um estúdio de conteúdos. Como afirma Michel Musulin Soeltl, com tantas ferramentas, esse recurso se consolida como o melhor caminho para encontrar a solução mais adequada a cada cliente.


“Ele é capaz de materializar a mensagem da empresa numa linguagem compreensível para o colaborador”, diz o executivo da MicroPower, ressaltando que o estúdio de conteúdos permite encontrar uma série de soluções, adaptando qualquer material a qualquer público-alvo para alcançar o resultado que a empresa deseja com uma capacitação.


 
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