Você sabe a diferença entre games e gamificação? Com o universo digital ampliado, muitas vezes os termos são confundidos, parecendo se referir à mesma coisa. Entretanto, ambos apesentam finalidades bem diferentes. Entender o que cada um significa pode mudar suas estratégias corporativas, implementando ações direcionadas, com alta capacidade de engajamento e a possibilidade de mensurar resultados.
Neste artigo, mostraremos que, apesar de os termos terem vários elementos em comum, são desenvolvidos com objetivos e recursos bastante diferenciados. Conheça as semelhanças entre game e gamificação e os pontos nos quais um conceito se destaca do outro. Veja qual a relação com os ambientes corporativos e como conseguir resultados expressivos entendendo mais sobre o assunto. Boa leitura!
Veja a diferença dos conceitos de games e gamificação
Segundo Karl Kapp, “Gamification é utilizar ‘mecanismos e pensamentos’ de jogos para engajar pessoas, promover o aprendizado e solucionar problemas.” Afinal, se o processo usa mecanismo de jogos, será que existe alguma diferença entre os dois termos: games e gamificação?
Apesar de muitas semelhanças, os games — ou jogos — não são a mesma coisa que a estratégia de gamificação. Por um lado, o game é um elemento estrategicamente preparado, com início e fim em si mesmo. Ele é construído a partir de regras, conflitos artificiais, competição, pontuação, ranking, entre outros recursos que levem a resultados quantificáveis.
Por outro lado, a gamificação conta com o uso de várias das estratégias de jogos, porém com outra finalidade. A ideia é engajar, motivar e desafiar as pessoas a buscarem desenvolvimento pessoal a partir de elementos que não precisam necessariamente ser jogos.
Na estratégia de gamificação, é possível usar outros formatos de atividades como PDFs, cursos online, aulas presenciais, participação em fóruns, vídeos e outras situações. A ideia é que tais ações tragam elementos de jogos dentro da solução educacional.
Entenda como o foco e elementos de ambos é diferente
Quando a ideia é entender a diferença entre games e gamificação, primeiro vale destacar algumas das semelhanças. Isso porque o processo de gamificação foi uma estratégia para otimizar a gestão de conhecimento na empresa baseada no universo dos games. Então, entre as principais semelhanças existentes, podemos dizer que a gamificação usa vários aspectos do mundo dos jogos como:
o sistema de pontuação;
a definição de regras;
o limite do espaço-tempo;
o uso da emoção (fator emocional como forma de aumentar o engajamento);
resultados quantificáveis para que seja possível mensurar toda a performance ao longo do processo e, no final, realizar as premiações.
Entretanto, diferentemente do universo dos games, a gamificação pode ou não ter jogos como os de videogame. A ideia é promover o espírito de desafio, mas isso pode ser a partir de outros direcionamentos. Vale destacar que, para executar uma estratégia de gamificação, é preciso contar com uma plataforma de treinamento preparada para atribuir pontos, gerar ranking e premiar o participante. Sem tais funcionalidades, a aplicação da gamificação online não é possível.
Saiba mais sobre a finalidade de games e gamificação
Apesar de a estratégia de gamification também usar o enredo de jogos para ajudar a promover a gestão do desempenho, a finalidade de games e gamificação é bem diferente. O jogo é desenvolvido com a finalidade de entretenimento. Com ele, uma pessoa pode ou não aprender sobre algo, pois esse não é o objetivo. O gamer se concentra em concluir as tarefas apresentadas.
Além disso, na estratégia de gamificação, o processo pode ou não conter jogos em si. A ideia é fazer com que os funcionários realizem determinadas ações, além de estimulá-los e ajudá-los a entender a jornada do conhecimento. São inseridas pontuações que buscam incentivar determinadas ações. Por exemplo: participar no fórum, gravar um vídeo falando sobre o assunto tratado ou, mesmo, realizar a leitura de um PDF ou assistir a uma videoaula.
Confira como cada público se comporta com o universo dos games e gamificação
Sejam games ou gamificação, é importante entender que a transformação digital impactou de maneira bastante diferente cada geração. Seja no mundo dos jogos, seja desenvolvendo novas soluções de entretenimento ou em ambientes corporativos, é possível identificar fatores para deixar a gestão de aprendizagem atrativa para todos.
Geração Z (10 a 24 anos) — Nativos Digitais
Essas pessoas consomem informações principalmente por smartphones. Eles preferem conteúdos curtos e o formato de vídeos e jogos. Os nativos digitais têm um raciocínio não-linear.
Geração Y (25 e 39 anos) — Millennials
Já para pessoas neste grupo, existe uma valorização por treinamentos curtos. Os Millennials buscam novos conhecimentos e querem ser reconhecidos. Essa é uma geração que gosta de feedbacks. Muitos dos Millennials cresceram jogando videogames e, por isso, eles se familiarizam facilmente com a estratégia de gamificação. Eles têm um raciocínio linear e não linear com orientações claras.
Geração X (entre 40 e 59 anos)
Essa geração está em busca de aprimoramento e estabilidade. Eles apresentam dificuldades com mudanças, gostam de aprendizado colaborativo híbrido, mesclando o online com o presencial. Essas pessoas valorizam a interação com outras pessoas ao buscar conhecimento.
Baby boomers (entre 60 e 80 anos)
Geração conhecida como muito trabalhadora, os baby boomers são competitivos e focados no resultado. Essas pessoas são comprometidas e preferem os métodos tradicionais de ensino. Nesse caso, as soluções que mesclam ações online com outras presenciais são ideais para estimulá-los a se engajar e participar ativamente.
Descubra para que a gamificação tem sido aplicada nas empresas
Introduzir o mundo dos jogos tem se mostrado uma excelente solução para os ambientes corporativos. Entre os vários motivos que os gestores mencionam, estão:
sensibilização — para que o time aprimore conhecimentos sobre ações que já dominam de forma técnica, mas que ainda não conseguem aplicar;
avaliação do conhecimento — tanto técnico quanto teórico, relacionado a processos da rotina corporativa;
valor agregado — destacando determinado ponto que é fundamental para a empresa, mas os colaboradores ainda não conseguem perceber valor;
engajamento — estimulando os funcionários a terem determinados comportamentos na execução de suas tarefas, promovendo uma mudança de atitude inspirada no cumprimento de objetivos estabelecidos no mundo virtual;
mapeamento de GAPs — observando possíveis falhas e trabalhando com melhores práticas para resolução de problemas;
simulação — permitindo que as atividades reais possam ser testadas ou praticadas em um ambiente atrativo e controlado, antes de serem realmente executadas.
Gostou de conhecer mais sobre este universo fantástico dos games e gamificação? Você deve ter percebido o quanto a estratégia de gamificação pode contribuir para sua empresa, engajando o público interno e incentivando determinados hábitos e posturas no ambiente corporativo. Esse é um processo que precisa ser planejado adequadamente, além de ser necessário usar as plataformas corretas. Afinal, ele organiza e potencializa a jornada do conhecimento, impactando positivamente nos resultados de negócio.
Para conferir tudo sobre o assunto, leia nosso artigo de gamificação nas empresas e descubra como desenhar as melhores estratégias!